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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Debate "Orkutico - Internético"

A seguir, transcreverei alguns trechos de um Fórum da Comunidade "Guarujá em Debate" do site de relacionamento "Orkut".
O fato ocorreu quando o Presidente do PSDB de Guarujá, Tucunduva Neto, escreveu em um jornal da cidade algumas críticas ao PT, e Leandro Costa, Presidente da Juventude do PSDB em Guarujá reproduziu no Fórum. o Vereador Luiz Carlos Romazzini, além de rebater o artigo de Tucunduva no Jornal, quiz debater com Leandro no Orkut. Quando citou a ETEC de Guarujá, entrei em cena.
O interessante é ver que o desconhecimento de quem se pretente "representante" do povo. Leiam e tirem suas conclusões.

Luiz Carlos (Romazzini)
"O Dito da Mentira
Quanto à Escola Técnica de Guarujá, por acaso, sabes que mais da metade dos alunos cursam o ensino médio comum, xii não sabe, isso é grave é tão próxima de sua casa."

Luiz Paulo (Neves Nunes)
"Papidinho, Sobre a ETEC
Caro Vereador Prof. Romazzini e participantes desse tópico.
Não vou entrar na ciranda de avacalhar o PT só porque sou tucano, tão pouco serei conivente com os ataques petistas. Não vou botar o dedo na cara de ninguém, afinal, o melhor julgamento ainda é o das urnas.
No entanto, sobre um assunto específico, posso falar com bastante propriedade, não por eu ser inteligente, coisa que acredito não ser muito, mas devido à experiência vivida.
Quando o assunto é Escola Técnica, eu posso "botar o meu bedelho", afinal sou Professor de Geografia e de Geografia Aplicada ao Turismo Regional lá, além de já ter respondido pela Coordenação do Ensino Médio, então acredito entender um "pouquinho" desse assunto.
Na realidade, não temos quase ou a metade de nossos alunos do Ensino Médio Regular, o que temos são 8 turmas de Ensino Médio regular, e 16 de Ensino Técnico, portanto, o Ensino Médio corresponde a 1/3 dos alunos. Vale lembrar que as turmas do Ensino Médio dispõe de 35 alunos cada, e as turmas dos cursos técnicos (Secretariado, Hospedagem, Turismo Receptivo e Manutenção de Aeronaves), tem, cada uma, 40 alunos.
Há ainda uma informação extra: quase 18% dos alunos do Ensino Médio também são nossos alunos do Técnico.
Isso posto, quero reiterar nossa disposição em prestarmos esclarecimentos sobre a ETEC e o Centro Paula Souza, evitando que pessoas desinformadas falem dados inverídicos e "de orelhada" sobre uma instituição tão séria e respeitada, que exibe indices de empregabilidade em média de 80% dos alunos egressos.
Forte Abraço!"
 
Romazzini
"LUIZ PAULO
Quando estivemos em São Paulo com o então Secretário de Ciência s Teconologia João Carlos Meirelles, em 2006, foi nos prometido que a prioridade seria os cursos de Manutenção de Aeronaves, inclusive lá estmavamos Eu, Mariangela, Antonieta, FAusto, Professor Gonçalves o eterno batalhador, depois acho a foto e te mando para não ser injusto com que lá esteve, todas as tratativas eram no sentido de PROFISSIONALIZAÇÃO dos jovens, agora eles usam os números de fpooma intergral quando falam que nas ETECs tem tantos alunos, como se TODOSD fossem nesse sentido ok. Não estou ddee "Orelhada" pois acompanho a questão desde o inicio de meu primeiro mandato. Gostei de sabert que você ministra aulas lá, pode nos confirmar o "Nepotismo" nas direções? é verdade que a coordenadora do Ensino Médio é esposa do Diretor da Unidade? De mais a mais obrigado e estou a inteira disposição npara os pleitos da escola.
Detalhe, estive na última formatura de turma, e não me lembro de ter visto os fromandos dos cursos de ensino médio comum ok, sei lá porque não fazem juntos se estão na mesma uniadade."
 
Romazzini
"LUIZ PAULO.
É vedade que só temos uma sala de manutenção de aeronaves e nehuma de petróleo e gás????Agardeço de antemão."
 
Luiz Paulo
"Prof. Romazzini
A Coordenadora do Ensino Médio da ETEC Alberto Santos Dumont é a Profa. Denise, que foi 8 anos Coordenadora do Ensino Médio da ETEC Aristóteles Ferreira, em Santos, com um trabalho, no mínimo, excepcional, foi ainda Diretora de Serviços da mesma ETEC e é atualmente a pessoa responsável pelo treinamento e capacitação de todos os Professores de Matemática do Centro Paula Souza (PRD de Matemática - Professor Responsável por Disciplina), ou seja, uma pessoal mais que habilitada e competente, pois ninguém chega na Administração Central do Centro Paula Souza, com um cargo de tamanha responsabilidade se não for muito, muito competente e com vários trabalhos de êxito para mostrar.
Para esclarecimento de todos, o cargo de Coordenador de Curso é de confiança do Diretor da Escola, mesmo assim, quando necessário, é relaizada uma eleição, e uma lista tríplice é apresentada ao Diretor, e ele escolhe um dos nomes da lista. No caso da Profa. Denise, ela foi a única dos Professores do Ensino Médio que apresentou sua candidatura e plano de trabalho, condições para a eleição. Mais do que a esposa do Diretor ela é uma excelente profissional docente e competentíssima profissional administrativa.
Em relação aos números apresentados pelo Governo do Estado, devemos lembrar que se relamente os alunos do Ensino Médio são contados no total de alunos do Centro Paula Souza, podendo dar uma idéia de que todos são alunos dos cursos técnicos, ressalto que em média, 32% dos alunos do Ensino Médio Regular do Centro Paula Souza também são alunos dos cursos técnicos. Mais um dado sobre o Ensino Médio do Centrto Paula Souza vem do ENEM, onde das 50 melhores escolas públicas do BRASIL, 28 são ETECs, e das 50 melhores escolas públicas do Estado de São Paulo, 39 são ETECs.
Sobre a Manutençaõ de Aeronaves e Petróleo e Gás, falarei já já... "
 
Luiz Paulo
"Manutenção e Petróleo
Continuando
O Ensino Médio regular, com bem sabe o colega Professor de História, tem três anos de duração, ou seja, se começamos com nossas primeiras turmas de Ensino Médio em 2008, só haverá formatura no final do corrente ano (2010), mas como o nobre Vereador e colega acompanha desde seu primeiro mandato e não fala "de orelhada" sobre essa questão, sabe e acompanha, então realmente o detalhe que o senhor percebeu na última formatura da nossa ETEC foi muito bem observado. No entanto não poderíamos chamar à formatura alunos que não concluíram o Ensino Médio. Mas fique tranqüilo, que no final desse ano teremos alunos concluíndo o Ensino Médio, e esse detalhe será devidamente solucionado.
O curso de Manutenção de Aeronaves éstá estruturado em 4 módulos semestrais, ou seja, a cada semestre temos uma turma ingressando (1A) e uma turma saindo (4A), assim sendo possuímos 4 turmas de Manutenção de Aeronaves ( 1A, 2A, 3A e 4A). Só podemos disponibilizar o curso no período noturno, uma vez que só temos 10 salas de aula, e no período da tarde temos 3 cursos (Secretariado, Turismo Receptivo e Hospedagem) que possuem 3 turmas cada, pois esses cursos possuem 3 módulos cada.
A noite, além da Manutenção de Aeronaves, temos outra turma de Hospedagem, dando um total de 7 salas de aula usadas, e não permitindo que um outro curso técnico (de 3 módulos) seja implementado.
Em relação ao curso técnico de Petróleo e Gás, mesmo que cancelássemos um dos cursos técnicos da nossa escola para acomodar esse novo curso, não teríamos espaço para o laboratório de petróleo e gás, que na verdade é uma pequena refinaria, e que exige, para sua implementação, uma extrutura de segunça, e distância do prédio principal, e onde estamos instalados, numa área residencial, mesmo que dispossemos de espaço (coisa que não temos) nunca teríamos autorização do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil ou da ANP para a instação desse laboratório.
Se e Quando a Prefeitura disponibilizar um terreno, poderemos construir até uma FATEC."
 
Marcelo
"curso de manutenção de aeronaves
Caros colegas da comunidade sou ex-alino do curso e posso afirmar que o Curso Técnico da Manutenção de Aeronaves sempre foi uma referência na aviação nacional e tão curso foi colocado como mais que teria acabado não fosse o empenho e dedicação do Professor Gonçaves. Com o sabiamos que somente com apoio dos políticos de nossa região procuramos todos e somente os do PT se colocaram ao nosso lado, sabe por que? Porque eles reconheciam o valor do curso e não concordavam com o fim do mesmo. Quem início o fim dos cursos técnicos no Estado de São Paulo não foi o PT e sim o PSDB para repassar esta atribuição para as ETEC's (Paula Souza).
Sabe por que? Porque o estado não quis ou não tem se colocado a serviço da EDUCAÇÃO DE QUALIDADE."
 
Romazzini
"Marcelo Parabéns você sabe pois esteve lá lutou para termos de volta o curso e não podemos admitir que maqueiem números, queremos que todas as vagas sejam profissionalizantes afinal não é uma ETEC? "
 
Luiz Paulo
"Ai ai ai...
Então uma escola técnica não pode ter o Ensino Médio Regular? Interessante Vereador!
O Senhor está afirmando que todas as vagas da ETEC Alberto Santos Dumont deveriam ser apenas para cursos técnicos, pelo menos foi isso que eu consegui entender...
Ok então, o senhor, que se diz muito coerente nas suas ações deveria parar de criticar a Prefeita Antonieta por não utilizar o MATERNIDADE Ana Parteira para atender casos de dengue. Afinal, trata-se de uma Maternidade e não um Hospital de atendimento à doenças Infecto-contagiosas e doenças transmitidas por vetores como mosquitos. Se vamos falar de coerência, Pau que bate em Chico, bate em Francisco!
Só quero entender uma coisinha da fala do Marcelo. Como é que o Estado não quis ou não tem se colocado a serviço da EDUCAÇÃO DE QUALIDADE se o Centro Paula Souza é uma autarquia ESTADUAL? Aliás, o nome Completo é CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA. Olha só, naquela época (Em 2004), endenteu-se que a Secretaria de Educação deveria cuidar apenas do Ensino Regular (Fundamental e Médio) e que a atual Secretaria de Desenvolvimento (na época demominada Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo), através do Centro Paula Souza (autarquia vinculada) deveria cuidar do Ensino Técnico e Tecnológico, e isso incluia algumas turmas de Ensino Médio integradas ao Técnico e algumas turmas de Ensino Médio regular.
Se buscar especialização do Ensino não uma forma de busca pela qualidade na educação, acho que devo jogar meu diploma de Mestre em Educação no lixo.
Em nenhum momento falei que o PT e seus filiados foram omissos ou que não ajudaram. Como já falei em outros tópicos ele ajudaram muito. Mas se a ETEC em Guarujá aconteceu, além da enorme luta do Prof. Gonçalves, da Profa. Antonieta e do Prof. Romazzini, entre outros (como a Vanuzia), temos que falar que o Governo do Estado na época era do PSDB. Ou não era? Sejamos justos, foi uma luta de todos, mas uma realização tucana."

Luiz Paulo
"Quem maqueia números?
Se é para falar de maquiagem de números, isso vou deixar com o pessoal do Governo Federal, que jura por Deus que o PAC está acontecendo, mas não vou federalizar a discussão.
Professor Romazzini, quem lhe qualifica para falar que os dados que eu, Docente da ETEC, ex-Coordenador de Curso da ETEC, são maquiados? O Senhor tem acesso à Escola? Quanta vezes foi até a ETEC nesses últimos anos? Estou lá desde fevereiro de 2008, e se me lembro bem, só o vi uma ou duas vezes (acho que foi em uma festa junina, ou qq coisa assim).
Sinceramente, o senhor acha que um papinho de três minutos com algum aluno em uma formatura dá qualificação para falar da nossa Escola?
Sei que não foi sua intenção, mas que a minha pouca inteligência ficou um pouco ofendida, isso ficou...
Digo mais, o Senhor, mesmo não sendo sua intenção, me chamou de mentiroso, o que parece ser muita grosseria da sua parte, mas, pelo que vejo na minha experiência como docente, é assim que procedem as pessoas quando lhes falta argumentos, param de debater idéias e partem para a desqualificação dos interlocutores. Sei que o nobre Vereador e colega Professor, até tenta, mas não consegue controlar seu temperamento intempestivo, e eventualmente com alguma verdade em suas colocações, perde a razão por sua falta de jeito, por sua grosseria, por seu destempero.
Então, antes de defecar que os números sobre a ETEC estão maqueados, busque a coerência que falta ao restante do PT e a ponderação necessária ao se promunciar sobre um professor.
Gostaria que o Senhor fosse até a ETEC no período da manhão e falasse aos nossos alunos do Ensino Médio regular que eles não deveriam estar ali, que aquelas vagas deveriam ser de cursos técnicos. Seria muito interessante ver e ouvir as reações dos alunos em relação à sua tese.
Mais uma vez: ponha-se no seu lugar e trate de pesquisar, com fontes confiáveis, os dados para emitir suas opiniões, e não falar "de orelhada", "de ouvir dizer" ou "que falaram". Se não, vai continuar fazendo papel de bobo na Câmara e na Cidade."
 
Romazzini
"Luiz Paulo
Não preciso estar todo dia para saber como andam as coisas, ademais tenho gente muito qualificada para me informar não só quanto a esta unidade, o que insisto é que ETEC deve ser escola técnica e não curso de ensino médio comuns, se isto lhe afeta, não posso fazer nada, sei que há bons profissionais, a questão que me debato é de princípios porquê participei da luta pela volta dos cursos e vejpo que não estão conforme nos foi dito pelo então secretário João Carlso Meirelles. Obrigado pela compreensão, não sou adversário da Escola, até memso por ser Professor."
 
Romazzini
"Luiz Paulo
Professor, num debate de nível creio que não cabe o "defecar números". Quanto ao meu papel na Câmara vou desprezar por sua absoluta ignorância, pois a ´população no último pleito já deu a resposta."
 
Luiz Paulo
"Reconhecimento
Prof. Romazzini
De fato, em um debate de nível, o termo que utilizei ao descrever seu comentário (defecar números) realmente é absolutamente inapropriado e assim quero me desculpar por minha grosseria tanto com você como com os membros da Comunidade, no entanto foi assim que eu entendi seu comentário.
Respeito a sua posição de defender que uma escola técnica seja apenas para cursos técnicos, mas gostaria de ver a mesma coerência de sua parte em relação ao não uso de uma maternidade para atendimento de outras situações que não a de mães dando a luz à seus filhos. Ou então, gostaria de ver coerência nas seções da Câmara, que exigem decoro por parte de seus membros e o que tenho assistido ultimamente é bate-boca e ofensas.
O senhor falou que não precisa estar na escola para saber dela, que possui amigos que dão informações sobre ela, o que acredito, mas preciso alerta-lo que não estão passando às informações como deveriam, se não o senhor não teria feito a pergunta sobre as razões de não ter visto nenhum aluno do Ensino Médio se formando no final do ano passado. A pergunta foi de quem não tem a mínima noção do funcionamento da escola.ok.
E os seus questionamentos sobre suposto nepotismo na direção da escola? Se o senhor conhecesse a escola, quer dizer fosse lá pelo menos uma, UMA vez ao ano, para conversar com a Direção, teria noção, ou então procuraria saber como é o processo de escolha do Staff da Escola.
Se realmente o senhor acompanhasse as discussões e os problemas da escola saberia que nós queremos muito abrir novos cursos (Petróleo e Gás, Manutenção Náutica, Logística Portuária, Eventos) e queremos muito estabelecer uma FATEC em Guarujá, mas não há entendimento, ainda, com a Prefeitura para a doação de um terreno ao Centro Paula Souza para a construção da ETEC/ FATEC.
Se eu estou maquiando números, como o senhor afirmou, onde está o contraditório, onde estão os seus números "corretos"? Se não os tem, acredito que assim como eu me desculpei, o senhor deva desculpas à mim."

Luiz Paulo
"Mais um esclarecimento
De fato, a defesa da exclusividade do Ensino Técnico na ETEC me afetaria um pouco, uma vez que sou Professor de Geografia no Ensino Médio, mas não me afetaria totalmente, pois também sou docente do Curso Técnico em Turismo Receptivo (Geografia Aplicada ao Turismo Regional).
Mas nunca dependi de uma escola para sobreviver, também sou concursado Professor da Rede Municipal e sou Professor de duas disciplinas no Curso de Graduação em Turismo da UNIESP. Tenho ainda, um trabalho de consultoria financeira."
 
Romazzini
"Luiz Paulo
Temos diversas áreas públicas que dariam para construir uma sede para a ETEC, ococrre que a administração ofereceu terrenos que o estado não aceita, de mais a mais, sempre defenderei a abertura de novos cursos pois as necessidades do mercado não são estáticas, e nepotismo é nepotismo, não tem nada a ver com forma de escolha ok, na administração pública só se faz o que a Lei autoriza e esse debate eu julgava superado, mas vejo que ainda mantém esta prática que digo e repito não é saudável."
 
Júlio
"e nepotismo é nepotismo, não tem nada a ver com forma de escolha ok
A não ser que você tenha inventado um novo significado para a palavra nepotismo...
Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.
Prove que a prof. Denise foi favorecida ou pare de soltar sofismas ao vento.
Até porque tudo aponta para a outra direção, vide o fato da dela ser uma professora de matemática concursada, experiente e respeitada em todo estado de São Paulo.
Você está claramente crucificando o trabalho de profissionais sérios em nome apenas de uma guerra idiota de partidos.
Abraços, Julio, aluno da etec Alberto Santos Dumont(2m3)."
 
Dolly
"Nepotismo.
pois então, a prof. Denise, esta lá porque foi concedida esse mérito por ser 'esposa' de alguem, sendo que para consiguir o mesmo, cabe uma votação com todos os professores.. etc.. da escola.. bom, se foi unanimidade ou não, eu não sei, mas para ela ter se elegido, creio que não foi por pleno, nepotismo, mas sim, por ela ser uma excelente profissional capacitada a tomar frente de uma escola como uma ETEC. como ao contrario de muitos que criticam o otimo trabalho de pessoas, e são incompetentes para exercer o mesmo ! abraço."
 
Luiz Paulo
"É isso aí!
Meus queridos alunos, pelo que vejo, vcs aprenderam direitinho a argumentar, eu estou orgulhoso!
As pessoas estão tão acostumadas ao errado, ao que é viciado, que quando veem algo que dá certo, que funciona, que faz o que é determinado a fazer, não acreditam.
Deixem os desinformados convictos achaem que a escolha da Profa. Denise para a Coordenação foi nepotismo, deixem... Os "sabichões" falarem bobagens, acho até que vai ter um que vai fazer uma denúncia ao Ministério Público. Deixa que o Promotor ou Promotora vai esclarecer os "donos da verdade", se bem que poderiam acreditar em nós, eu até em mim, ao invés de me chamar de mentiroso.
Alías, meus alunos que estão acompanhando essa comunidade, mais um aprendizado para nós: Eu pedi desculpas para o Prof. Romazzini por ter usado um termo absolutamente inapropriado, e aproveito pra também me desculpar com todos vocês,
MAS
O PROF. ROMAZZINI NÃO PEDIU DESCULPAS POR ME CHAMAR DE MENTIROSO, UMA VEZ QUE NÃO TROUXE NENHUM, N E N H U M NÚMERO QUE DESMINTA OS DADOS QUE EU APRESENTEI.
Mas sabemos que ele é assim, sabe criticar que é uma beleza, mas na hora de reconhecer os méritos do seus oponentes de debates, falta-lhe humildade, para fazer um simples pedido de desculpas.
Ao invés disso, fica desqualificando as ações e procedimentos do Centro Paula Souza, não apenas fugindo do debate, mas também mostrando o quanto desconhece a instituição e o nosso ensino. Para mim, isso ficou claro, transparente, evidente e latente.
Forte abraço."
 
Esse Debate gerou 307 comentários até agora, sendo, dos mais de 5 anos de existência da Comunidade "Guarujá em Debate" o que mais gerou manifestações. Ainda lutamos por um edifício maior para a ETEC, além da criação de uma FATEC para Guarujá. Mas, se dependessemos apenas de representantes como o Vereador Luiz Carlos Romazzini, do PT, teríamos sérios problemas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Opinião Publicada

Na mesma semana, tive duas cartas publicadas no Jornal A Tribuna, em 27/09 e em 30/09. A seguir, reproduzirei ambas.

Em 27/09
O Palhaço
Inicialmente, assim como muitas outras pessoas, fiquei bastante incomodado com a candidatura de um comediante, claramente ignorante e despreparado para acompanhar o processo legislativo nacional. No entanto, no jogo democrático, qualquer pessoa pode fazer parte e colocar-se para as eleições, e o eleitor é soberano para endossar ou não esse ou aquele candidato, baseando-se na proposta ou no carisma da pessoa. Então me resignei, pois, afinal de contas, elegemos e reelegemos um operário, torneiro mecânico para a presidência do Brasil, e ele é o presidente mais popular e bem aprovado da história, refratários a todos os problemas e escândalos.
Agora, o que me deixa muito bravo, ou tiririca, como se diz popularmente, é que eu não vejo ninguém criticar, com o mesmo empenho e paixão, a candidatura de "ex(?)-mensaleiros", "aloprados", "sanguessugas", "anões do "orçamento" ou mesmo de ex-adversários, agora super-aliados, da mais retrógrada e corrupta oligarquia do Norte e do Nordeste do Brasil.
Qual o prejuízo de um Deputado Palhaço Profissional pode causar ao Congresso Nacional? Será que ele fará tanto mal quanto um Deputado Mensaleiro? Claro que um nome popular trará muitos votos para o partido político, e assim, alguns mensaleiros poderão voltar ao Congresso através do coeficiente eleitoral, mas isso tem que ficar bastante claro.
É fácil e cômodo "bater" em alguém notadamente deslocado, que só está na campanha para "puxar votos" para um partido político. Lanço um desafio: quem irá, durante essa campanha, falar claramente: Não vote em candidatos do mensalão! Não dêem seu voto para os aloprados! Quem teve dólar na cueca não deve ter seu voto! Ser desviava recursos das ambulâncias, não merece meu voto!
Parece que o problema não é termos um palhaço disputando as eleições. O problema somos nós deixarmos que nos façam de palhaços.

Em 30/09
Indefinição
Fiquei indignado com a indefinição do STF em relação a aplicação para esse ano da Lei da Ficha Limpa.
No entanto, a minha indignação não está direcionada ao STF, pois todos os Ministros  estavam plenos no seu direito de concordar ou não com a aplicação da lei. Minha revolva está direcionada ao Presidente Lula. Ora, se era sabida e esperada a aposentadoria de um Ministro, ocorrida no começo de agosto, porque não houve uma aceleração nos trâmites para nomeação de um novo ministro? Em 2007 o próprio Presidente Lula acelererou a indiação de um Ministro, pois este estava muito próximo da idade limite para nomeação.
Se hoje não temos uma definição sobre a aplicação da Ficha Limpa, devemos à inação do Presidente Lula. Ou melhor, devemos a ação dos novos aliados do Presidente, os velhos oligarcas do norte/ nordeste.

Opiniões publicadas, com alguma repercussão, mas será que serão entendidas?


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sábado, 11 de setembro de 2010

Parlamento do Mercosul: Utopia ou Descaso

Entre o final de 2009 e o começo de 2010, eu enviei à vários blogs algumas considerações sobre o Parlamento do Mercosul. Em 9 meses não aconteceu nada. O Mercosul parece que se perderá na burocracia e afundará como as outras tentativas de harmonização do comércio dentro da América do Sul.



                         Parece exagero, mas a ausência de eleições para o Parlamento do Mercosul no Brasil pode levar todo o processo de integração por água abaixo.

O processo de integração sul-americano está emperrado. Chegou-se a um ponto em que as normas e entendimentos estabelecidos no âmbito do Mercosul simplesmente não são postos em prática. Uma análise apurada demonstra isso, menos da metade do que foi acordado entre os sócios do Bloco, desde do Protocolo de Ouro Preto, em 1994, foi internalizado, quer dizer, só metade das normas, acordos, protocolos, minutas estabelecidos por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e mais recentemente, Venezuela foram devidamente adotados e posto em prática.

Algumas vozes já começam a defender a extinção do Mercosul, como se isso fosse a solução para a falta de articulação política dentro dos governos. Mas temos que considerar, particularmente, dois fatores: O Mercosul é inspirado na organização do antigo Mercado Comum Europeu, que demorou 40 anos para se articular, até chegar em um nível entendimento que proporcionasse uma base mínima, mas confiável, para o estabelecimento da União Européia, e nós, na nossa terceira tentativa sul-americana, temos apenas 15 anos, desde a assinatura do Protocolo de Assunção, que criou o Mercosul. Outro fator é o engessamento e instabilidade que a Constituição Brasileira dá a todos os tratados internacionais, que são estabelecidos e revogados através lei ordinária, o que impossibilita agilidade ao processo de integração e não torna este acordo internacional peça supra-constitucional, a exemplo do que temos nas Constituições da Argentina e do Paraguai. Mesmo com a assinatura brasileira na Convenção de Viena do Direito dos Tratados em 2004, com o inexplicável atraso de 37 anos, ainda não temos movimentações vigorosas para a regulamentação no Brasil desse importante instrumento de convergência legal internacional, seja do Congresso Nacional, seja do Poder Judiciário.

Urge uma nova revisão constitucional, que não fique apenas em questões superficiais, mas que tipifique e dê autoridade aos processos de integração latino-americanos, e não seja genérico e superficial, como no atual parágrafo único do artigo 4o da nossa Carta Magna.

Deve-se constatar também a pouca participação dos Poderes Judiciários dos 5 países do Mercosul no processo de ajustamento e convergência das legislações nacionais às normas e acordos do Bloco. Um enorme avanço aconteceu com o estabelecimento do Tribunal de Apelações, criado pela assinatura do Protocolo de Olivos, mas os diálogos que constróem esses acordos têm sido, em geral, são feitos por tecnocratas dos ministérios, sem uma efetiva participação dos agentes públicos do poderes legislativo e judiciário.

Mas, o que atualmente torna o Mercosul pouco ou muito pouco relevante no cenário político nacional e internacional é a falta de participação popular no cotidiano e nas decisões do Bloco. É desapontador a indefinição brasileira sobre a realização de eleições diretas para o Parlamento do Mercosul. Todos os 18 representantes brasileiros fracassaram, pois não conseguiram construir uma proposta para a eleição direta, não conseguiram apoio dos presidentes da Câmara Federal e do Senado, nem conseguiram motivar seus partidos à discutir e se engajar sobre o tema. Afinal, seria justo reconduzi-los, na possibilidade de suas reeleições como Deputados Federais e Senadores, ao Parlamento do Mercosul? Esses parlamentares deveriam ter lutado muito para que seus partidos desenvolvessem propostas e projetos, nos respectivos Institutos de Estudo e Pesquisa Política ou nas Fundações Partidárias para esse fim. Dispomos de excelentes lugares para fundamentar as propostas e assessorar as atuações dos nossos parlamentares em Montevidéu, como o Instituto Rio Branco, a UnB, e até o Congresso, tem a disposição o Instituto do Legislativo Brasileiro, o ILB, mas, sinceramente, não quero crer que deputados federais e senadores experientes precisem de dicas de como fazer para elaborar propostas e de como eles devem nos representar.

Qual o interesse em não haver eleição direta no Brasil para o Parlamento do Mercosul em 2010? Será que o nosso Congresso Nacional é composto por crianças mimadas? E que na primeira dificuldade ou desentendimento (como foi com o Paraguai, no caso da proporção na composição do Parlamento) falam: Não brinco mais!

Será que não poderíamos desenvolver uma eleição simultânea com o Uruguai e a Argentina em 2011, no Dia do Cidadão do Mercosul?

Ainda há tempo para articularmos essa eleição, talvez não em 2010, pois existe a regra eleitoral de aprovação da lei da eleição com um ano de antecedência, no entanto há uma consulta jurídica em apreciação pelo Tribunal Superior Eleitoral, solicitada pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, sob a relatoria do Ministro Arnaldo Versiani, que faz duas perguntas simples:

I – A publicação de lei que regulamenta a eleição de parlamentares em 2010 para Parlamento do Mercosul deve também obedecer ao que preceitua o art. 16, o seja, tenha a sua publicação com anterioridade de um ano antes da data marcada para referida eleição, ou essa exigência não se aplica porque não se trata de lei que altera o processo eleitoral e sim constitui norma que está sendo instituída pela primeira vez.

II – Na suposição de que a anterioridade prevista no art. 16 da Constituição Federal não se aplique, qual será a data limite no Calendário eleitoral do TSE para que a nova lei regulamentadora esteja devidamente publicada, a fim de viabilizar em tempo hábil a expedição das instruções do TSE aplicáveis a eleição dos parlamentares do Brasil no Mercosul?

Assim, teremos, ainda que remota, a possibilidade de em outubro de 2010 termos novidades nas eleições, pois, segundo o projeto apresentado pelo Deputado Federal Carlos Zarattini, pela primeira vez teríamos a votação direta para o Parlamento do Mercosul. Segundo esse projeto, teríamos um suposto fortalecimento da estrutura partidária, pois a eleição para o Parlamento do Mercosul se daria através de listas pré-ordenadas e fechadas de caráter nacional, ou seja, não teríamos o voto “nesse” ou “naquele” candidato, o eleitor votaria no partido, sabendo a ordem que os representantes serão eleitos.

Mas não podemos deixar de lado a atuação do Poder Executivo nesse assunto. Não que o Presidente da República deva interferir na Poder Legislativo, pois isso feriria o princípio da harmonia e independência entre os poderes, mas que um presidente com o suposto prestígio internacional como o Presidente Lula, poderia contribuir consubstancialmente para agilizar o processo de aprovação das eleições diretas para o Parlamento do Mercosul, através de orientações aos seus líderes partidários e sua bancada de apoio no Congresso Nacional, ninguém nega ou despreza.

Dada a importância do Parlamento do Mercosul no processo de integração política, econômica, sócio-cultural, estrutural e jurídica sul-americana, e a necessidade de que o Brasil não tenha prejudicado o seu comércio, seus setores produtivos e seu desenvolvimento com concessões clientelistas, dando a Deputados Federais e Senadores, que já têm uma enorme responsabilidade por representarem seus Estados e suas populações, mais essa tarefa. Precisamos elaborar projetos e propostas sérias, em que vários cenários sejam contemplados, a fim de comprovarmos nossa competência e mostrarmos a pertinência desse tipo de processo eleitoral.

Precisamos eleger homens e mulheres que além de nos representarem e aos nossos interesses, sejam verdadeiramente comprometidos com o processo de integração latino-americano, que conheçam as realidades e tenham propostas para atingirmos juntos, os objetivos de desenvolvimento econômico e social, para todos os irmãos e hermanos latino-americanos.

Certamente os nossos congressistas e nossos governantes são capazes de realizar alguma mobilização na direção da realização das eleições diretas para o Parlamento do Mercosul, mesmo que em 2011.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Caminho, o Portal e a Riqueza

A história não é cíclica. É uma espiral.

Tem gente que não gosta do Porto, mas todos querem dinheiro.

O centenário Porto de Santos é o portal para as riquezas do Brasil. Sempre ouvimos frases como essa, mas nunca analisamos o que está oculto na afirmação.
Inicialmente, existem pessoas que acreditam que o Porto é a passagem das riquezas, não seu destino, o que daria à alguns a falsa impressão da riqueza. É como se um bancário pensasse ser rico porque trabalho com a movimentação de grandes somas de dinheiro.
No passado, a riqueza estava presente em Santos, pois além da movimentação das cargas, a negociação do café era feita na cidade. Testemunhas dessa época são a Prefeitura de Santos, a Alfândega e a Bolsa do Café, edifícios opulentos de um tempo onde havia dinheiro gerado e gasto na cidade.
Hoje, alguns afirmam que a riqueza dos santistas pode ter alguma ligação com o Porto, mas não é regra. Santos diversificou sua economia, o comércio e os serviços ampliaram sua participação no emprego da mão-de-obra.
Alguns olham com desdém e antipatia para o Porto, vendo ali um símbolo de decadência, de uma época perdida. Vêem o Porto como um entrave para o futuro de Santos.
Ilusão e Bobagem.
Se existem instituições como a Alfândega, a Fazenda Estadual e a Justiça Federal na cidade, é porque existem sim geração de riquezas em Santos a partir da movimentação de cargas pelo Porto.
Se toda essa diversificação aconteceu e acontece, é para atender as necessidades do Porto. No entanto, parte da sociedade santista parecer desconhecer isso.
E mais, se houve significativo crescimento econômico e populacional das cidades do entorno de Santos - São Vicente, Guarujá, Praia Grande, e em menor escala Cubatão - foi para atender demandas relacionadas ao Porto.
O Turismo é uma atividade importante no contexto econômico da Região da Baixada Santista. Mas, quase todas as melhorias e o acessos para a Região visão, inicialmente, a movimentação das cargas para o Porto. Mesmo a Base Aérea, embrião do futuro Aeroporto Metropolitano, só foi criada, em 1922, para a defesa do Porto.
Na parte insular de Santos, o Porto chegou ao seu limite físico, restando apenas alguns lugares da Área Continental de Santos, próximas ao Terminal Petroquímico da Ilha Barnabé, ao Canal da Bertioga e à Rodovia Cônego Domêncio Rangoni (antiga Piaçagüera-Guarujá). Existem possibilidades de ampliação da área de cais em Cubatão e em Guarujá, onde o Porto já existe, mas faltam acessos dimensionados para o movimento, especialmente de caminhões.
Tanto a população de Santos, como das outras cidades que têm Porto (Guarujá e Cubatão) e envolvidas com as atividades portuárias (São Vicente e Praia Grande) precisam entender a importância do funcionamento eficiente do complexo portuário, seja para a geração de empregos e impostos, seja para a construção de infra-estruturas que atenderão o Porto, a população e a demanda turística.
Se toda a população cobrar das autoridades essas melhorias para o Porto, estarão, em última análise buscando a sua melhoria também.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Operário e o Sacerdote

Houve um tempo em que os professores eram respeitados, que suas presenças e opiniões eram a certeza de credibilidade, que seus comentários eram considerados e tinham grande peso. Eram formadores de opinião.


Os professores eram figuras que poderiam ser comparadas aos sacerdotes, pois buscavam a verdade e a justiça, mas tinham o diferencial de procurar essa verdade através das ciências. Sua consciência era plena de que estavam construindo os alicerces do futuro da sociedade, os futuros cidadãos.

Atualmente, a docência tem uma preocupação mais imediata e materialista, fruto de novos tempos, onde o “ter” está suplantando o “ser” de forma inegável, onde passar em um exame é mais importante do que ter a capacidade e os conhecimentos necessários para acompanhar um curso. Logo, o magistério fica enquadrado como uma atividade profissional ordinária, sendo é possível exigir deste profissional, o professor, metas de produtividade, como quantos alunos passaram no vestibular, em quantos concursos foram aprovados, como se fosse um operário em uma linha de montagem. O aluno passaria por cada professor e receberia os conhecimentos básicos necessários para sua inserção no mercado de trabalho ou nas provas classificatórias. E como operário de chão de fábrica, esse professor não tem o domínio, ou mesmo conhecimento das outras atividades desta linha de montagem, alienando-se cada vez mais, ficando assim à mercê dos administradores desta “fábrica”. Para alguns, este modelo fordista seria ideal, pois teríamos professores alienados e alunos que seriam apenas reprodutores de técnicas.

Mas e a produção de tecnologia? O pensamento crítico? Isso seria para os centros irradiadores da cultura, e não para os locais de montagem. No limite, estamos agindo como se o aluno fosse um jarro vazio, e a medida de produtividade seria como um nível: se este “jarro” atingiu o nível mínimo, continua na linha de montagem, se não, volta para trás. É o princípio da tábula rasa.

Ora, as correntes atuais da pedagogia  não admitem tal atitude do educador. Este tem que considerar as experiências anteriores do estudante, adequar o conteúdo às realidades deste estudante e trabalhar como facilitador do acesso às informações, fazendo com que o estudante descubra por si, valorizando e fixando assim o que foi aprendido. E mais: tem que se ter a preocupação de conectar os conhecimentos, fazendo com que as diferentes disciplinas cursadas sejam, sempre que possível, complementares para uma formação universal do cidadão.

Aliás, deve-se ter mais cuidado com as nomenclaturas, como por exemplo, a palavras aluno, que é derivada do vocábulo latino Alunmini, que significa sem luz. Com efeito, o aluno é visto como um ser sem conhecimentos prévios, sem experiências anteriores que foram, de alguma forma, significativas à sua aprendizagem e professor seria o responsável pela chama do conhecimento, com o poder de conceder, ou não, uma fagulha do saber. É preferível o uso da palavra estudante.

Mas se antes os professores eram respeitados e considerados e hoje não o são mais na mesma medida, então os professores de antes erraram e são culpados pela atual situação? Na realidade, não. O que ocorreu foi uma dinamização muito grande das informações, sem um preparo para podermos lidar com o contato tão íntimo com tantas culturas diferentes, gerando dessa forma um choque de valores e uma conseqüente crise dos valores da nossa sociedade, que só foi agravada pelas questões de desigualdade social e pelo estímulo à competição e concorrência selvagens.

A grande vilã é a Globalização, alguns diriam. Mas é preciso analisar outros pontos. De fato, o processo de Globalização é muito antigo: Marco Pólo, Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, James Cook, Adolf Vernhagem, Marechal Rondon seriam símbolos da Globalização, mas num processo que diminuía as distâncias, preservando as especificidades locais.

Com a revolução tecnológica dos últimos 30 anos, o mundo ficou aparentemente ainda menor, com as possibilidades de acesso (às informações e às pessoas) cada vez rápidas, gerando choques, descrédito e frouxidão dos valores culturais e morais das diversas sociedades em favor do American Way of Life, de uma sociedade materialista, individualista, cínica com relação aos seus problemas e arrogante quanto às sua limitações, seguindo a lógica protestante do capitalismo, que pouco ou quase nada tem a ver com o Brasil.

Se quisermos nos firmar, neste século XXI, como potência do mundo, temos que resgatar os nossos valores culturais, étnicos, morais e mesmo religiosos, e incentivarmos uma cultura de valorização dos costumes locais, conscientes da existência do resto do mundo. E trabalharmos para que as diferenças sejam entendidas e respeitadas e não apenas toleradas, como vem ocorrendo ultimamente.

A forma de conseguirmos operar essa transformação é investimos. Não apenas de dinheiro, mas atenção, de tempo, de compromisso com a educação, no sentido amplo, desde a responsabilidade da família até o preparo consciente dos professores.

Abraços!
Prof. Luiz Paulo

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Parcerias Metropolitanas

O difícil exercício da cooperação.

mapa da RM Baixada Santista

As grandes cidades do mundo, depois da Segunda Guerra Mundial, passaram por um processo de aumento populacional como nunca havia ocorrido antes, especialmente as de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. No Brasil, este processo de urbanização foi o mais acelerado do mundo, a população urbana atingiu 85% do total populacional em 1990, contra 35% seis décadas antes, índice que alguns países mais desenvolvidos da Europa atingiram depois de 250 anos.

Esse inchaço das grandes cidades, sem a construção de infra-estrutura gerou problemas dos mais diversos, como as áreas suburbanas, sem abastecimento de água, sem recolhimento e tratamento de esgoto, sem coleta de lixo, sem abastecimento de energia elétrica, sem escolas ou postos de saúde, sem áreas de convivência (praças, quadras poli esportivas) sem linhas de ônibus em número suficiente para atender essas populações, enfim, alijando-as de uma inserção em conceitos básicos da cidadania.

O inchaço, no limite, e mesmo o crescimento das áreas urbanas geraram áreas conurbadas, ou seja, a ligação entre dois ou mais centros urbanos, não sendo mais possível fazer distinções entre as cidades, pois a malha urbana torna-se contínua. Esta metropolização obrigaria as cidades a modificarem seus procedimentos administrativos, passando a dialogar entre si para resolverem problemas comuns. Mas, no Brasil, em princípio, isso não ocorreu. As 9 regiões metropolitanas criadas entre o fim da década de 1960 e década de 1970 foram determinadas por decreto do Governo Federal, com muito pouca participação dos governos municipais e gerência dos Governos dos Estados.

Como exemplo, temos a Região Metropolitana de São Paulo, que tem na EMPLASA – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. –, uma empresa estadual, seu órgão gestor. O mais correto seria que as cidades criassem um consórcio Intermunicipal de Gestão Metropolitana, com a participação de todos os órgãos públicos (estaduais e federias), além das empresas estatais e empresas concessionárias de serviços públicos presentes nas cidades.

A segunda região metropolitana a ser criada no estado de São Paulo foi a da Baixada Santista, em 1996, e foi a primeira região metropolitana a compor o ordenamento jurídico proposto pela Constituição Federal de 1988. Seu ordenamento está estruturado em três entidades formais, responsáveis pelas funções deliberativa e normativa, executiva e financeira.

Estas entidades são, respectivamente, o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista–CONDESB, a Agência Metropolitana da Baixada Santista–AGEM e o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista- FUNDO.

A principal atribuição do CONDESB é a de especificar os serviços públicos de interesse comum do Estado e dos Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista nos seguintes campos funcionais: planejamento e uso do solo, transporte e sistema viários regionais, habitação, saneamento básico, meio-ambiente, desenvolvimento econômico, e atendimento social, assim como as etapas desses serviços.

Para isso o CONDESB, através da AGEM constituiu várias Câmaras Temáticas, que servem de fóruns de discussão de questões próprias da região, como educação saúde, habitação, metropolização, transportes de passageiros, transportes de cargas marítimas, transportes de cargas rodoviárias, turismo, meio ambiente, planejamento, além do FUNDO – Fundo Metropolitano da Baixada Santista – que investe recursos em áreas que o CONDESB considera essenciais, com execução a cargo da AGEM.

Ou seja, o CONDESB delibera, a AGEM executa tecnicamente e o FUNDO financia as obras.

A EMPLASA então teve uma nova atribuição, o planejamento integrado das Regiões Metropolitanas do Estado, além das funções anteriores na Região Metropolitana de São Paulo.

Com a criação da Região Metropolitana de Campinas, em 2000, a EMPLASA começou a fazer estudos mais ampliados, pois outras áreas circunvizinhas de São Paulo, como São José dos Campos e Sorocaba, que apresentam fortes características de um processo de metropolização, de maneira a formar, junto com Campinas e Santos, uma “Cruz Metropolitana”, tendo na Capital seu ponto de intersecção, o que é o primeiro passo efetivo para a criação de uma verdadeira megalópole (junção de várias metrópoles).

Mas o que se faz necessário é que as cidades se engajem efetivamente no processo metropolitano, especialmente as cidades pólo, como Campinas, Santos, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba, pois seus prefeitos têm um peso político muito grande, e podem conseguir recursos maiores com os Governos do Estado e Federal, não apenas para suas cidades, mas para todas as suas parceiras metropolitanas, pois seus problemas são comuns e interligados, por exemplo, a falta de saneamento básico em uma cidade vizinha acarreta no aumento no uso dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde dessa cidade e na utilização de leitos hospitalares na cidade pólo, e os recursos para programas de saúde nesta cidade ficam prejudicados, por estar atendendo doentes desta cidade vizinha. Se o prefeito da cidade pólo se empenhar em ajudar a captar recursos para as cidades menores do seu entorno, estará economizando na sua própria rede de saúde, podendo relocar os recursos da área de tratamento para a área de prevenção.

A proporção é bem simples, para cada real gasto em prevenção, saneamento, ligação em redes do esgotos, tratamento dos efluentes, o Poder Público economiza quatro reias em tratamentos. Também deve-se considerar as vantagens em valorização dos imóveis, melhorias nos índices educacionais e de qualidade de vida.

Apesar de parecer óbvio, outros fatores são considerados nesta equação, como a vaidade do prefeito da cidade pólo, as questões partidárias, mas, principalmente, o dinheiro, logo, pode-se observar em uma questão local relativamente simples, a necessidade premente de reformas política e administrativa, no bojo das reformas que se fazem necessárias, como a do judiciário e da previdência.

Deve-se observar que a figura jurídica da região metropolitana não ajuda muito as cidades que fazem parte dela, pois essas regiões acabam sendo como territórios federais de segunda classe, sob a administração parcial dos Estados, enfim, um filho feio, que ninguém quer assumir como seu.

Mas além de tudo isso, o povo, a sociedade organizada, através de sindicatos, ONGs, clubes de serviço, associações comunitárias, de moradores, culturais, religiosas, esportivas devem procurar o máximo das discussões sobre as regiões metropolitanas, mas não em uma posição passiva, esperando convite, mas tomando a iniciativa e persistindo, para que os governantes se convençam do seu interesse e importância e passem a dialogar sem ressalvas, com a sociedade sobre os problemas que afligem a cidade e suas parceiras na região metropolitana.

Abraços.

Prof. Luiz Paulo

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

... E no princípio tudo era verbo.

Só havia escuridão sobre o abismo, e o verbo: FIAT LUX,  e a luz se fez.


Bem, não foi bem assim que eu decidi começar a escrever, mas tenho uma hesitação enorme em cada palavra, justamente por entender o enorme poder do verbo, a força que cada palavra pode ter.

Tomei uma decisão séria: escrever. Mas ainda não tenho muito nítido o tema, o assunto. Então irei falar sobre tudo que me causa estranhamento, tudo que prende minha atenção. Falarei sobre o cotidiano, mas de uma forma muito particular, de um jeito meu, comprometido com a minha experiência e expectativa sobre o mundo.

Completei 30 anos. E isso me traz pensamentos sobre os rumos que a nossa vida toma sem que nós nos demos conta.

Será que somos joguetes do destino? Será tudo arbitrário e sem sentido? Ou será que tudo já está pré-determinado?

Questões que seguramente não são minhas, quer dizer, não sou quem descobriu a pólvora ou a roda, muitos, muito antes de mim, já se questionaram sobre as razões que os faziam ser o que eram.

Filósofos. Fico feliz por poder iniciar essas reflexões depois de saber que tanta gente "quebrou a cuca" tentado ver a razão por traz da nossa existência. Sentimento ambíguo, também sinto frustração, por não conseguir a infantil resposta pronta, o resultado final e racional. Por que eu estou aqui?

Se a razão não me sacia, talvez deva procurar a fé. Ah, a fé... acreditar sem ter provar, crer, sem razão. Não posso falar que desacredito da fé, pois acredito no amor, mas isso, também pode ser manipulado, se utilizarmos os mecanismos químico-neurais apropriados.

Quem ler isso, não espere textos brilhantes, com respostas e prodígios literários. Como disse no começo, isso é, antes de tudo, um exercício de escrita, que se dará com a expressão livre do meu pensamento.
 
Forte abraço.
 
Prof. Luiz Paulo

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Algumas razões

Palavras o vento leva. Já ouvi várias vezes essa expressão, e sempre fui cobrado para registrar, de alguma forma, as minhas opiniões.
Algumas vezes falei para os alunos e professores, outras vezes falei no rádio, escrevi muito para alguns jornais, mas fui pouco publicado.
Minhas opiniões, em alguns casos, polêmicas, sempre fomentaram discussões, o que vejo com bons olhos, pois acredito que os bons professores geram muito mais perguntas do que respostas.
Mas agora, meus comentários não estão restritos a algumas salas de aula, devido as participações no rádio e na televisão, tenho sido abordado na rua, por pessoas que eu não conheço, mas que reconhecem a minha voz ou o meu rosto e criticam ou parabenizam pelos meus comentários.
Isso cria uma responsabilidade, a de embasar minhas opiniões com bons argumentos, e também de registra-las de alguma forma.
Meus amigos e alunos sugeriram a criação de um blog, veículo ágil da vida "on line" atual e assim, inicio hoje um compromisso, comigo e com todos aqueles que de alguma maneira participam do meu cotidiano.
Os assuntos abordados serão os mais diversos, temas que, preocupando,  motivando, incomodando, servirão de base para ideias e sugestões que antes eram dadas e esquecidas, mas que agora, com essa ferramenta ficarão guardadas.
Assim, crio também uma forma de disciplinar minha escrita, tornando-me mais claro e menos prolixo.
Lembro do começo do poema "Profissão de Fé" de Olavo Bilac: "Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor; Com que ele, em ouro, o alto-relevo; Faz de uma flor." Não quero me comparar, nem ao Príncipe dos Poetas, nem a um ourives, mas que buscarei o aprimoramento nesse campo, tenha certeza disso!
Conto com o apoio de todos nessa aventura que é escrever.

Abraços!
Prof. Luiz Paulo